FRIDA KAHLO: VIDA E OBRAS INSEPARÁVEIS


Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, conhecida como Frida Kahlo é considerada um símbolo feminista.

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As duas Fridas, 1939

Por L. Stein

Pintora mexicana e apaixonada até o fim dos seus dias por Diego Rivera, passou por um acidente
em sua infância com exatos seis anos, que deixou sequelas para o resto de sua vida, com um dos
pés atrofiado e uma perna mais fina que a outra.

Entretanto, fazendo parte da primeira turma de medicina feminina, uma tragédia ainda maior
aconteceu: atropelada por um ônibus que a deixou a beira da morte e transpassada por uma barra
de ferro pelo abdômen sofrendo múltiplas fraturas, inclusive na coluna vertebral, o que a fez passar
por mais de 35 cirurgias. Frida se tornou infértil, passando por vários abortos e passou a pintar
sobre seus reflexos.

Neste texto, apresentarei algumas de suas obras e como foram importantes para o feminismo e
ainda são, mas antes levo em consideração características que fazem parte de sua história por
completo, ainda presente entre nós mulheres.

Frida durante sua vida disse “Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que
conheço melhor”. Levando essa frase em consideração e sabendo características de sua vida,
nota-se a liberdade que enfrentou na sua época. Nas obras selecionadas temos a questão do
autorretrato com cabelo curto representando a busca pela identidade e como ela muitas vezes se
via. Também temos a questão da bissexualidade, em duas Fridas, que mais do que agora, era um
tabu enfrentado por Frida por manter relações com mulheres apesar do seu casamento com Diego,
e incluindo Diego nas obras apresentadas, temos a tristeza e dor que Frida passou durante todo
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Diego e eu, 1949
seu relacionamento com ele, incluindo traições até mesmo com sua irmã qual Diego Rivera teve
filhos. Mas isso não foi o suficiente para o amor doentio acabar, e assim como nós muitas vezes
passamos (o que considero algo muito atual, triste, mas inegável) era sua relação abusiva e
doentia com Diego, que nem sempre temos coragem de irmos contra, mas deveríamos e para isso
vamos continuar lutando, pois vale lembrar que além do físico, Frida teve sua saúde mental
abalada ao longo de sua vida por esse amor conturbado.

Sendo assim, apesar das lutas, da revolução, bissexualidade e também de haver traído Diego,
entre idas e vindas, era claro a obsessão triste entre os dois, a ponto de Frida assumir que mais do
que o acidente com o ônibus, Diego foi uma tragédia pior, o que nos leva a última obra
selecionada, A coluna partida realizada em 1944. Tragédia que a acompanhou, junto com Diego,
Imagem relacionada
A coluna partida, 1944
pelo resto de sua vida.

Atualmente, sua representação no feminismo é tão forte que além de diversas mulheres usarem
roupas que levam seu rosto e fazerem tatuagens, divulgarem imagens, sua história e vincular seu
nome e sobrenome em protestos por luta de direito como por exemplo a famosa "Não me Kahlo",
Frida segue sendo um dos mais símbolos da nossa luta diária.
Obrigada, Frida, por ter lutado por quem era e por nós.


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Autorretrato de cabelo cortado, 1940

Aproveite para assistir ao pequeno documentário "A vida e a obra de Frida Kahlo" no vídeo abaixo.


           

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