ALGUNS SINS E NÃOS DE ESCRITORES FAMOSOS
Algumas dicas de escritores norte-americanos para escritores inciantes.![]() |
Crédito: The new York Times/ William Widmer |
Por Tina Jordan
De acordo com Elmore Leonard, escritores aspirantes
devem evitar o uso de advérbios (“um pecado mortal”). Zadie Smith diz que eles
deveriam “trabalhar num computador desconectado da internet”. Roddy Doyle diz
pra eles, “Não coloque uma fotografia do seu autor favorito na sua mesa,
especialmente se o autor for um dos que cometeram suicídio”. E Willian Faulkner
uma vez disse que qualquer um que queira escrever deve ser um leitor primeiro:
“Leia, leia, leia de tudo – lixo, clássicos, boa e má literatura e veja como
eles fazem. Apenas como um carpinteiro que trabalha como um aprendiz e estuda
com o mestre. Leia!” Alguns autores, como Roxane Gay, dão conselhos no Twitter;
outros, como Stephen King e Anne Lamott, têm escrito livros inteiros sobre o
assunto.
Nesse mês, J. K. Rowlling postou algumas dicas em seu site. “Eu não
tenho 10 regras que garantem sucesso, mas eu prometo que compartilharia se
tivesse”, escreveu. “A verdade é que eu encontrei sucesso tropeçando sozinha numa direção que a maioria das
pessoas pensaria ser um caminho sem saída, desvendando, no processo, todas as senhas dos anos 90 acerca dos livros de crianças”.
Rowling listou as várias qualidades que um escritor
precisa ter – disciplina, resiliência, humildade, coragem e independência – mas
assinalou, como Faulkner, que qualquer um que leve a sério a escrita deveria,
também, ser um leitor voraz. “Você não pode ser um bom escritor sem ser um
leitor devotado”.
Chistopher Polini, cujo novo romance, “The Fork, the
Witch, and the Worm” (sem tradução) entrou na lista Y. A. (Jovens Adultos) essa
semana na primeira posição, ele devota uma seção inteira em seu site para
aconselhar autores incipientes. Ele também acredita muito na importância da
leitura; fãs podem encontrar listas dos seus livros favoritos, os quais incluem
a série Redwall de Brian Jacques e “A Wizard of Earthsea”, de Úrsula K. Le
Guin.
Delia Owens, cujo romance de estreia “Where Crawdads
Sing” recapturou o primeiro lugar, tem
dito que romancistas iniciantes deveriam soltar as rédeas da imaginação. “Você
sempre pode pular para trás, entrar em um curso mais tradicional. Mas por que
não voar um pouco para ver o que acontece? Para mim, escrever ficção é como
montar um cavalo através do portão e montanhas adentro”. John Grisham, cujo livro
“The Rocking” é o número 3, escreveu seus conselhos em um texto de 2017 para o
Times. “Não escreva um prólogo”, ele escreveu. “Prólogos são geralmente artifícios
para fisgar o leitor. Evite-os”. E “use aspas nos diálogos. Por favor faça
isso. É bastante básico.”
Tradução
P. Moreira
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